Quinze dias depois do afastamento do ex-secretário de Segurança Enio Bacci, o governo Yeda Crucius reagiu à nova rodada de denúncias feita por Paulo Afonso Feijó contra o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. A nota de resposta é contundente, tachando o depoimento de ontem (26) do vice-governador na Assembléia Legislativa como "irresponsável, leviano e inaceitável". As suspeitas repetidas por Feijó na Comissão de Serviços Públicos irritaram o núcleo central do governo, preocupado com o impacto negativo das acusações na imagem do banco às vésperas de operação de aumento de capital da instituição. A operação é considerada crucial para o Piratini respirar financeiramente, já que poderá render, segundo estimativas do mercado, cerca de R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão diretamente para os cofres do Tesouro do Estado. Os ataques públicos diante dos deputados irritaram a governadora. Paulo Afonso Feijó cuidou pessoalmente da montagem do dossiê de 160 páginas contra o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. Sem índice ou capítulos, o documento consiste em uma seqüência de suspeitas em relação à contratação de consultoria, empréstimos e contratos de publicidade na gestão de Lemos à frente do banco. Há denúncias seguidas de listas de perguntas colocando em xeque a legalidade de operações realizadas por Lemos desde 2003, quando foi nomeado por Germano Rigotto. Comunicado oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul1. Ao comparecer a Assembléia Legislativa e levantar suspeitas sobre antigas operações do Banrisul, sem qualquer comprovação efetiva de irregularidades, associando suas questões pessoais à figura constitucional de vice-governador, Paulo Afonso Feijó adotou uma atitude irresponsável, leviana e inaceitável!2. Só um comportamento desequilibrado poderia engendrar um ataque tão direto e frontal a uma das mais caras instituições do povo do Rio Grande do Sul, que é o Banrisul, num momento tão especial como o de ofertas de ações no mercado financeiro nacional e internacional. É uma irresponsabilidade! Ele responderá, perante a opinião pública, funcionários do banco e junto aos órgãos competentes, por seu irresponsável ato.3. Como autoridade constituída, o vice-governador deveria honrar o seu compromisso com a população e preservar o patrimônio do povo gaúcho e não agir para dilapidá-lo com a tentativa de fragilizar a instituição a partir de insinuações, mentiras e acusações infundadas, que só encontram eco em interesses fundamentados em motivos outros que não a defesa do interesse público.4. Em seu depoimento aos parlamentares o vice-governador reapresentou alguns documentos já encaminhados à governadora Yeda Crusius, que lhe deu um prazo para apresentar provas – o que ele não fez. Na ocasião, esses documentos foram reados para análise da Procuradoria Geral do Estado, que não identificou evidências que justificasse uma ação de governo.5. Apesar disso tudo o atual Governo do Estado do Rio Grande do Sul continuará o seu esforço no sentido de fortalecer o Banrisul e dar melhor qualidade de vida ao povo gaúcho. 6o1b2k
Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759